A Pressão Atmosférica



Pressão média ao nível do mar de Junho a Agosto (em cima) e de Dezembro a Fevereiro (em baixo).

Pressão atmosférica é a força atuante da atmosfera, ou melhor, do peso do ar, sobre uma superfície, no caso, a terrestre. É medida por um equipamento denominado barômetro, em unidades como a atmosfera (atm), milibar (bar) e hectopascal (hPa), as mais utilizadas em meio científico. As diferenças na pressão têm origem térmica, estando diretamente relacionadas com a radiação solar e os processos de aquecimento das massas de ar. Ela depende da latitude, altitude e temperatura.

• Temperatura: Exerce grande influência na pressão. Em regiões onde as temperaturas são mais baixas, a pressão atmosférica é maior, pois as moléculas de ar estão mais concentradas. Nas regiões mais quentes, como a região equatorial, o ar se dilata, ficando leve, por isso tem uma baixa pressão. O ar quente é leve, ou seja, sobe e como conseqüência diminui a pressão, enquanto o ar frio exerce mais pressão, visto que tende a descer.

• Latitude: influencia de forma diretamente proporcional, portanto, quanto menor a latitude, menor a pressão, e vice-versa. Isso ocorre porque, próximo aos pólos, o frio contrai o ar, deixando-o mais denso e tendo uma maior pressão.

• Altitude: tem influência inversamente proporcional: quanto maior a altitude, menor a pressão; e quanto mais baixa a altitude, maior a pressão.

Os ventos (ar atmosférico em movimento) podem se mover horizontal (superfície e altitude) ou verticalmente (diferença de temperaturas e pressões locais). Eles sempre sopram de áreas de alta pressão, dispersoras de vento, para as de baixa pressão, receptoras de pressão. Sua velocidade varia de acordo com a diferença de pressão entre essas áreas. Em caso de grande diferença, podem ocorrer tufões, furacões e tornados, ventos fortes cuja denominação varia de local para local.

Os principais tipos de ventos são:

Vento
Origem
Formação
Destino
Consequência
Alísios
Trópicos
Diferenças entre pressão dos trópicos (alta) e do Equador (baixa)
Equador
-
Contra-alísios
Equador
Ar quente, leve e úmido que sobe e se resfria no Equador, voltando aos trópicos
Trópicos
-
Monções de Verão
Oceano Índico
Diferenças de temperatura e de pressão entre as massas continentais e marítimas
Continente Asiático
Traz nuvens e chuvas (umidade)
Monções de Inverno
Continente Asiático
Inversão das áreas de baixa e alta pressão, consequente inversão dos ventos
Oceano Índico
Período Seco
Brisa Marítima (diurna)
Oceano
Diferença entre as pressões e temperatura do oceano (alta; menor) e do continente (baixa; maior)
Continente
-
Brisa Continental (noturna)
Continente
Diferença entre as pressões e temperatura do oceano (baixa, maior) e do continente (alta, menor)
Oceano
-

Em virtude do movimento de rotação, os ventos, a partir da área de dispersão, desviam para a direita (horário) no Hemisfério Norte e para a esquerda (anti-horário) no Hemisfério Sul.

As monções têm grande papel socioeconômico, pois trazem umidade e ajudam principalmente no cultivo de arroz da população asiática.

Massas de Ar e Frentes

Originadas em áreas extensas e homogêneas (como planícies, oceanos e desertos) e após adquirir as características de seu local de origem, incluindo umidade e temperatura, essas porções de ar denominadas massas de ar podem alterar o tempo nas áreas que passam, podendo também adquirir as características desses locais.

Esquema do funcionamento das massas de ar.

Quando duas massas de ar se encontram, sendo uma fria e, na maior parte dos casos, seca,; e a outra, quente e úmida; ocorrem mudanças importantes no tempo, como o surgimento de nuvens e chuvas. O ar quente se eleva sobre o mais frio por ser mais leve. As frentes ocorrem nessas áreas de transição de duas massas de ar, e podem ser frias (quando o ar frio predomina) ou quentes (predominância do ar quente).


Tipologia das Massas de Ar
As massas de ar se classificam em três grandes grupos:


Massas Equatoriais: formam-se nas proximidades do Equador, ou seja, nas áreas de baixas latitudes. Possuem as temperaturas mais elevadas - e apresentam, portanto, baixas pressões em seu interior. A massa equatorial oceânica é, em geral, a massa mais úmida de todas; enquanto a continental, embora muito quente, é um pouco menos úmida.

Massas Tropicais: formadas nas proximidades de cada um dos trópicos, geralmente em latitudes subtropicais, nos dois hemisférios. São massas muito quentes, com pressões médias e baixas, sendo a de origem oceânica bem mais úmida que a continental.

Massas Polares: formam-se nas proximidades dos círculos polares ártico e antárticos, sempre em latitudes superiores a 50o. São as massas mais frias e, portanto, são também massas de pressão bastante alta. A continental é a mais fria e mais seca, enquanto a marítima, por ser um pouco úmida, não apresenta temperaturas tão baixas.

Box Especial: Massas de Ar no Brasil

Massa

Características

Massa Equatorial Atlântica (mEa)

Quente e úmida, dominando a parte litorânea da Amazônia e do Nordeste em alguns momentos do ano, tem seu centro de origem no Oceano Atlântico.

Massa Equatorial Continental (mEc)

Quente e úmida, com centro de origem na parte ocidental da Amazônia, domina a porção noroeste da Amazônia durante quase todo o ano.

Massa Tropical Atlântica (mTa)

Quente e úmida, originária do Oceano Atlântico, nas imediações do trópico de Capricórnio, exerce enorme influência sobre a parte litorânea do Brasil.

Massa Tropical Continental (mTc)

Quente e seca, se origina na depressão do Chaco e abrange uma área de atuação muito limitada, permanecendo em sua região de origem durante quase todo o ano.

Massa Polar Atlântica (mPa)

Fria e úmida, forma-se nas porções do Oceano Atlântico próximas à Patagônia. Atua mais no inverno, quando entra no Brasil como uma frente fria, provocando chuvas e queda de temperatura.


Observação: embora o território brasileiro sofra a ação de cinco massas de ar, três delas são muito mais atuantes durante todo o ano: a Equatorial Continental, a Tropical Atlântica e a Polar Atlântica.

Fonte:
http://educacao.uol.com.br/geografia/massas-de-ar.jhtm


Circulação Geral (ou Primária) da Atmosfera

A circulação geral do ar na atmosfera é causado pelo aquecimento desigual da superfície do solo. A diferença de temperatura nos pólos, no equador, na terra e no mar causam movimentos do ar que são muito importantes para o clima. Nas latitudades médias (mais ou menos 35º ao norte e ao sul), a Terra recebe mais mais radiação do sol do que a que ela perde. Nos pólos, entretanto, a quantidade de radiação absorvida é menor do que a que se perde.

Se o calor não fosse transportado do equador para os pólos o equador iria se tornar cada vez mais quente, enquanto os polos se tornariam cada vez mais gelados, se o frio não fosse levado para a região equatorial. A atmosfera é um grande agente de transporte de calor, assim como o oceano, que também transporta grande parte do calor terrestre.

As principais correntes de circulação de ar atmosférico são

  • Célula de Hadley - circulação no plano vertical-meridional (sul-norte)
  • Célula de Walker - circulação no plano vertical-zonal (oeste-leste)

Interatividade

http://eb23cmat.prof2000.pt/sala/geografia/clima/temp/eleclim.htm

Jogo simples com relação aos elementos do clima, que pode ser facilmente resolvido após a leitura dos respectivos posts.

3 comentários:

Unknown 6 de dezembro de 2016 às 22:25  

preciso saber sobre a sigla equatorial de baixa presssao

Unknown 2 de fevereiro de 2017 às 16:08  

vocês que fizeram o site?

FUds 10 de setembro de 2017 às 07:59  

parabéns! show

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Quem Somos?

Somos todos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre, da Turma 103, do primeiro ano.

- Dal Pizzol (nº 90102, nº de ordem: 26)

- Giovanna Miotto (nº 90109, nº de ordem: 28)

- Luciana (nº 90113, nº de ordem: 29)

- Fernanda Klein (nº 91189, nº de ordem: 30)

- Luiza Gusmão (nº 50855, nº de ordem: 6)

Livros Utilizados

Os seguintes livros:

SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo, Ática, 2006.

TERRA, Lygia e COELHO, Marcos de Amorim. Geografia Geral e Geografia do Brasil. São Paulo, Moderna, 2005.

Adaptamos os textos apresentados nas fontes e, a partir da informação adquirida, também montamos nossos próprios textos, tentando manter uma linguagem clara e mostrar as causas e consequências dos fenômenos climáticos.

Embora também haja textos em boxes especiais para complementar o blog que não foram alterados, e tem suas devidas fontes citadas; a maioria dos textos é de autoria coletiva do grupo, e os posts são quase sempre acompanhados de imagens, tirinhas, mapas, estatísticas, gráficos e vídeos relacionados com o assunto, visando mostrar como o clima faz parte de nosso dia-a-dia.